segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Mala de viagem...



Não trouxe tudo...
Até ao fim da minha vida ficarei a maior perita de todos os tempos em fazer e desfazer malas, é algo que até me dá prazer e ainda bem que assim é porque desde cedo tive de o fazer todas as semanas. A verdade é que a experiência no ramo não me ajuda a ser selectiva, continuo a achar que tudo, mas absolutamente tudo, é estritamente indispensável. Ainda fico um pouco perdida se por acaso me faltam aqueles sapatos, mesmo que tenha trazido comigo um 15 para apenas dois dias...
Lembro os tempos de faculdade em que os domingos eram um martírio para quem me acompanhava. As malas raramente entravam com facilidade no carro e lá está, os sapatos eram quase sempre os grandes culpados. Chegava ao ponto de ter a minha bagagem violada pelos colegas para que pudéssemos finalmente viajar, ao fim de horas a rectificar tudo.
Hoje em dia a coisa melhorou, tem melhorado mas sei que posso ser perfeita, um dia ainda vou fazer uma mala e nada irá faltar. Ainda não atingi o tal nível porque é cíclico: entro no carro, coloco a música que me acompanhará na viagem e pronto, esqueço-me sempre de alguma coisa...
Desta vez as malas foram desculpavelmente mais abundantes, a mudança é um pouco maior do que simplesmente ir passar fins-de-semana para ver a família ou para estar com os amigos. Trata-se de mudar o dia-a-dia e há que deitar mãos à obra.
Claro que não trouxe tudo, mas tenho sido bastante tolerante comigo mesma. Tenho-me perdoado algumas falhas até porque estou em crer que tudo foi planeado pelo meio sub-consciente. Se me esquecer de algo importante vou ter de ir buscar, regressar a casa para ir buscar e isso soa sempre tão bem; regressar a casa... Por outro lado, não me era possível trazer absolutamente tudo e nos fins-de-semana que puder regressar ao meu cantinho, esse não estará vazio e isso fará com que me sinta muito melhor.
Há ainda tanta coisa para arrumar, ainda me estou a habituar aos cheiros e a mim mesma. Aqui parece que tenho outra pele e quero habituar-me a ela até a sentir como totalmente minha. Entretanto vou atendendo telefones e implorar a todos os que ligam para me deixarem instalar. E perdoem-me aqueles a que não atendo o telemóvel, é que precisei de ir à casa de banho e pareceu-me uma boa forma de ver onde ela ficava. Encontrei-a e aviso já que vou ter de a usar todos os dias mais que uma vez ao dia por isso, talvez aconteça novamente não atender o telemóvel imediatamente. Peço-vos encarecidamente que me vão deixando dormir de noite, já não tem sido fácil adormecer mas acordada a ver sms não devo lá chegar mais facilmente.
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3 comentários:

Anónimo disse...

(...)

beijos

Anónimo disse...

Não vais deixar de escrever, pois não? ah, bom!

zézinho

Yelaiah disse...

Anónimo
Beijos...

Zézinho
Não, para já não. Enquanto me ajudar continuarei a fzê-lo. Foi sempre assim, a partir do momento que já não fizer sentido vou parar, mas até lá...
Beijos