quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Nestes dias...


E o trabalho continua, aliás o trabalho paga as favas de quando as coisas não andam famosas. Na realidade tratando-se de mim, ao contrário do que muitos pensam, não sou eu a vítima. O trabalho sim é que é vítima do meu estado de espírito. Estado de espírito ou estado de ser, como queiram. Eu até prefiro "estado de estar", é mais esperançoso, pressupõe haver luz ao fundo do túnel...
Pois é, tenho sido incansável, nada me detém. As horas não me vencem, o excesso de responsabilidade não me assusta, algum mau estar entre colegas já não me preocupa e os resultados estão a ser os esperados. Dedico-me a 100%, tenho tempo e necessidade de o fazer.
Não foi fácil, não é fácil... Tudo novo de repente é difícil de gerir, mesmo com experiência em mudanças loucas e repentinas na vida. Já me vou habituando à cidade; mudou desde que cá estive há alguns anos mas, continua a irritar-me pelos mesmos motivos de antes e a encantar-me pelas mesmas preciosidades que por aqui há.
A casa continua a ser estranha, não entendo mas, para lá do quarto ainda não sou eu (vamos com calma, com calma)... Já deixei de acordar meio perdida por estar numa casa estranha, já descobri um canto onde o aconchego até é quentinho mas fora isso, ainda não cheira a mim...
No trabalho tem sido uma batalha complicada. Tive de vencer braços de ferro para provar que não quero competir com braços de ferro. Primeiro estranha-se e depois entranha-se, é o que dizem... Estranharam-me e muito, agora está a acalmar e daqui a nada estão a entranhar-me, já esteve mais longe.
Fazer mudanças, impor regras, exigir um pouco mais de rigor, respeito e ao mesmo tempo fazê-los acreditar que não sou uma "dos maus" tem sido difícil para eles. Agora vão baixando a guarda, vão perdoando aos que inicialmente se foram "aliando à inimiga" e as coisas vão rolando...
O meu trabalho tem sido a minha vida e apesar de tudo, estou a seguir todos os objectivos a que me propus. Claro que o corpo tem pago e no final de Agosto estar branquinha como cal, não é de todo compensador mas, alguém neste país tem de trabalhar (que inveja desses bronzes)...

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